Para a despedida...
De todos, o mais rigoroso!
... que deixou tantas saudades, mesmo com todas as lágrimas que comi no prato da sopa!
"Life is a road and i wanna keep going
Love is a river i wanna keep flowing
In the end i wanna be standing"
Afinal o Inverno pode ter fim quando o arrumarmos
Não é uma varinha mágica, é uma disposição
É uma mão que re-começa a escrever, pintando
É um lápis de carvão que dá cor a esboços, trocando os parágrafos
Papeis que se arrecadam em caixas de não mais voltar, caixas...
É crescer, é trepar, escalar de pé leve
Afinal... o final pode até ficar de pernas para o ar
Afinal o presente pode assaltar o passado, só para o assustar, sem lhe furtar nada
O final pode até ser uma cidade grande, está nas mãos de quem o contar ou de o deixar por dizer
Afinal de contas, feitas a somas os dias crescem de novo e as flores prometem voltar depressa
O tempo do tricô já lá vai e o fim do meu Inverno já aquece o coração
É bom saber fechar os olhos para os sentir abrir novamente...
Dar sentido ás coisas, precisa-se! mesmo aquelas que não têm sentido algum..
A esquina do tempo está quase a ser dobrada! É tempo de fazer de conta que o ritmo ciclico das estações do ano é capaz de trazer promessas.
Dezembro desembrulho-te! quero-te por perto. Como quem espera um próximo autocarro neste escorregar de tempo e de vida que é o hoje..
Contigo o meu (h)ibernar de Inverno, até que a Primavera que há-de ser, irremediavelmente, porque sim, algo de bom que nos convém pensar que é feito á nossa medida e à medida da nossa esperança...
Lugares diários