Vou ter um Piano... o meu Piano!
Gustav Klimt
Schubert at the Piano, 1899
Talvez possa um dia sentar-me ao piano e fazer quebrar o silêncio. Dedo após dedo, mil e um movimentos, todos eles frágeis acariciam, compassadamente, as teclas deste meu desejo!
Na sala vazia e atravessada por sons alinhados por coordenadas ditadas por uma pauta... ficarei horas a fio!
Seremos cumplices, mergulharemos no enredo de acordes musicais atiçados pelos sentidos...
... e lá fora, estranhos abandonam a pessoa que são, deixam levar-se para lugares bonitos de cartaz de lustro.
Não, eu não me iludo! Não é disso que se trata! Desejo-o e prometo-o a mim ... sinto-o como se estivesse sempre ali... à mão de semear!
Lugares diários