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Sábado, 5 de Setembro de 2009

Histórias á flor da pele..

Percorre-me o medo de não conseguir armazenar tantas histórias e memórias, o poder oxidante do tempo transforma tudo em quase nada...

 

 

O regresso a casa faz-se prever a cada solavanco desajeitado do sud-express. Comboio sem comodidade, recheado de um passado cheio de histórias que atravessavam o percurso Lisboa- Hendaye, sejam elas representadas por turistas, emigrantes ou simplesmente pessoas sem destinos ou encontros marcados.. Talvez,  para alguns, apenas um lugar para escrever, pensar.. um lugar iluminado pelo nascer do sol e pelo café quentinho que se faz arrefecer entre mãos.

 

 

Durante a noite há um sem fim de aventuras, de quem regressa, para contar. Faz-se sentir um ambiente de nostalgia de um passado recente, que se junta naquele comboio, como se fosse uma ponte para os dias que aí vêm, a normalidade.

 

É nos corredores que todas as experiências se trocam de boca em boca. É ali que todos os momentos de desespero, eventualidades, planos trocados e não planeados, noites mal dormidas, o ultrapassar dos limites, comboios perdidos... tudo se transforma! Ali e agora, numa ou mais histórias de aventuras contadas com um brilho intenso nos olhos, um misto de saudosismo português, conquista lusa e todo o passado que nos corre nas veias.

 

Reina uma nobreza de ser igual, um compromisso selado pelas mochilas pesadas que se carregam nas costas e as fazem curvar..

 

 

Estas linhas cilindradas por um comboio de regresso a casa, fazem-se alinhar num album perfeito, independentemente da caligrafia, o local ideal para ternimar ou deixar adivinhar o fim de qualquer história.

 

São linhas que se pautam entre vales, ao longo da serra, à beira de rios e casas que com o decorrer do percurso se podem etiquetar por zonas, por necessidades, por climas..

 

Há mesmo qualquer coisa de diferente, de extraordinário, no contar de histórias a bordo de um comboio que regressa a casa, uma partida sem regresso, um chegar de concretização e realização..

 

A minha aventura é a mais emocionante, os maiores riscos fui eu que os corri, como não? se fui eu a personagem principal!... mas é tão bom ouvir.. deixarmo-nos encantar por destinos de outros que talvez sejam um dia nossos também.

Tudo parece ter, ali, apenas o preço do desejo. O planear e o concretizar têm o menor custo que depois é recompensado com a elevada vantagem ao longo de cada caminho..

 

Caminhos e histórias que estão ainda à flor da pele!

 


publicado por teetee às 15:24

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Segunda-feira, 31 de Agosto de 2009

Caminho...

Para trás ficou Firenze e os seus gelados fantásticos, a ponte que hoje e desde há seculos aprisiona, mantém e solidifica o amor de alguém. Cadeados e mais cadeados, Tradição rima com proibição e unem-se como magia dessa mesma ponte..

 

 

Para trás fica Pisa.. de encanto me deixa apenas a sua torre torta e os turistas que à sua volta se fazem fotografar, imortalizando o momento ao custo de um "clic".

 

 

Caminho agora, depois de breves horas de sono inacabado numa estação de comboios, frente ao gabinete da polícia.. Caminho a bordo do comboio irreal e indescritível, de gentes cujo padrão é impossível uniformizar. São pessoas, bagagens espalhadas pelo chão, iluminadas por uma luz ténue e mortiça de corredor que nada tem de encanto.

Proponho-me a olhar tamanha falta de privacidade, detenho-me a cada cheiro provindo de cada corpo que passa e que de tão próximo me obriga a provar, tão grande invasão!

Faz-se silêncio, ou assim me parece, tamanho é o ruído do deslizar das carroagens, a dureza de ferro com ferro, de gente com gente.

 

 

 

 

Há um escuro profundo lá fora que não se deixa abalar pelo silêncio ensurdecedor, um tom preto que deixa espaço suficiente à imaginação, que permite brincar ao "que estará para além".. Um espaço entre o nada e o infinito, um intervalo aberto..

 


publicado por teetee às 22:39

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Terça-feira, 25 de Agosto de 2009

Buongiorno Veneza...

 

 

Daqui guardo um lugar que outrora era apenas provável na minha imaginação. A imagem de bêcos que arrastam indícios de promiscuidade, rodeados por canais, gôndolas e turistas provindos de todos os cantos do mundo.

 

Guardo um final de noite ao som de música clássica, um soar de três pianos em tertúlia em plena praça de São Marcos.

Um regressar depois da hora, marcado por passos escuros que mal deixavam adivinhar o contorno do rosto de que passa..

 

Guardo um encontro improvável com uma viajante de todo o mundo com passagem no Porto com P de Portugal e aqui.. e com a Austrália como pano de fundo sem dia e hora marcada.

 

Guardo uma lingua cantada com uma elegância, como nenhuma outra..

Guardo o "je je je" Português aos ouvidos de um italiano.

 

Guardo o peso da mochila às costas que se enche de surpresas, encanto e suspeitas a cada esquina.. Um peso que não pesa!

 

Lembro o Didici da porta do quarto, Marco Bellini, os bacis que enviei por telefone, o Buongiorno que recebi na recepção..

 

 


publicado por teetee às 18:54

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