Dar sentido ás coisas, precisa-se! mesmo aquelas que não têm sentido algum..
A esquina do tempo está quase a ser dobrada! É tempo de fazer de conta que o ritmo ciclico das estações do ano é capaz de trazer promessas.
Dezembro desembrulho-te! quero-te por perto. Como quem espera um próximo autocarro neste escorregar de tempo e de vida que é o hoje..
Contigo o meu (h)ibernar de Inverno, até que a Primavera que há-de ser, irremediavelmente, porque sim, algo de bom que nos convém pensar que é feito á nossa medida e à medida da nossa esperança...
É no sangue que circulas?
Hei-de roubar-te num acto egoísta de ferir até sarar.
Dôo-te, já que o tempo se revela incapaz de cumprir e deixar a salvo
É tempo demais...
Leva o mais profundo, impossível, permanente e imutável.
Bebe de outro corpo como rio que rasga a vida, para que eu, no meu, possa Ser
Vai...
Liberto-te
Há quanto tempo não ouvia eu o meu respirar? Terei passado algum tempo sem o fazer?
Aqui, nesta agitação, multidão, domínio de gente a passo muito além da pulsação, aqui é possível parar e RESPIRAR.
Sabe-me bem parar, olhar todo o mutim e sentir-me! olhar-me! Escutar-me!
É tempo de ter-te nos meus braços!
Lugares diários