Tão eu!
Há domingos de sol que fazem aumentar a caixa de ar, deixar os pulmões cumprirem a sua tarefa... uf... respiro! e respiro bem, sem obstruções, sem trânsito!
Estou bem obrigado, respondo, olhos nos olhos, a com quem me cruzo nas escadas do prédio... sorrio...
Como está? passou bem? pergunto devagar à senhora da mercearia... hummm como gosto de comprar pão pela manhã, cruzar-me com as hortaliças e esquecer-me sempre do papel higiénico!! BOLAS!!
Sinto-me leve, a caminhar, virada do avesso nos meus yellow Shoes! são eles que fazem com que os meus desejos comecem debaixo dos meus pés...
É teu!
Guardei-o para ti, eu disse-te...
Consumir antes de (...)
Antes que ires embora,
Antes do depois,
Antes do "Até amanhã", do fechar de porta
Depois de sinais de fumo, código morse e negociações de primeiro passo...
Vestido de cinzento, patas delicadas, olhar meigo e algo desconfiado... ei-lo!
Salto saltitante, cumplice num emprestar de tempo. Há quanto me observa?
Sorri ás escondidas, clandestina e divertida na nossa invisibilidade...
Ele... chegou e trouxe consigo o contar. Igual mestre que ostenta sua sabedoria em bigodes esguios, comparáveis a cordas de violino...
Contou... como quem irrompe o silêncio da alvorada.
Era capaz de passar cem anos a ouvi-lo contar! Cem anos ou mais... enquanto houvessem histórias e delas nascessem outras e mais outras...
Aquela que até hoje julgava ser a minha maior virtude!
Não sei DESISTIR!
... mas vou aprender
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