
Como pode o meu coração, de um dia para o outro, ficar dimensionado a uma ervilha e pesar toneladas?
sim... estou a falar contigo! responde-me! tu que vives dentro de mim e não me obedeces! mal agradecido!
Levo-te a passear, ofereço-te tantas coisas boas e é assim que me tratas? Eu própria fico do teu tamanho quanto me respondes assim, deixas de ser o meu núcleo, passas a ser o meu SER!
Não, não respondas às urgentes perguntas que te fiz! deixa-me confinada a um grão de pó... achas que mereço?
Às vezes és cruel ao ponto de me matares a sede com água salgada... bem... talvez seja melhor não te falar assim em liberdade! ... não vás tu revoltar-te e pregar-me alguma partida das tuas!
"Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas.
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio.
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação.
Não posso adiar o coração."
António Ramos Rosa
De
Nuite a 22 de Maio de 2008 às 14:20
Se me é permitido irei utilizar palavras não minhas …
(tal e qual como aconteceu em quatro casamentos e um funeral )
“ Não é o corpo – objecto descrito pelos cientistas que exige concretamente, mas sim o corpo vivido pelo sujeito. A mulher é uma fêmea na medida em que se sente fêmea (…) Não é a natureza que define a mulher: esta é que se define, retomando a natureza em sua efectividade.”
Viver minha querida ! é a nossa maior aventura …
De mim para ti
quilos de boas energias
De
baraujo a 22 de Maio de 2008 às 16:06
não te consegues resumir a insignificancia de um grão de pó, nem tao pouco de uma ervilha... não consegues nem te reduzas a tal, nem qualquer parte de ti.
quanto muito..
és um ervilhal
florido, como o cheiro da terra molhada após uma qualquer chuva primaveril,
quanto muito...
és um jardim de sensações, emoções, sentires, saberes, dizeres, fazeres, imaginação em fragmentos temporais e bom-senso...
quanto muito... no mínimo tudo isto.
um beijo enormemente terno.
De
T.Poeta a 26 de Maio de 2008 às 05:12
Ao convercermo-nos com o que alguém escreve
Será que é por sentirmos uma parte dessas palavras como nossas?
Será que é por passarmos ou sentirmos as semelhanças de certas situações escritas em comparação com a nossa vida?
Será por tudo isso ou por outra coisa que não é nada disso?
Terás, de certo, uma resposta. Uma opinião mais concreta do que este meu exercício abstrato.
A verdade, e só agora isso importa, é que estamos no mesmo barco - ainda que por mares quiçá distantes. E navegando ao sabor da brisa, um simples obrigado resume toda a viagem até aqui.
Faz com que os pontos cardeais se unam no acaso, e nessa estranha aproximação não haja o menor pensamento de solidão que tamanho oceano possa por vezes causar.
É isto. ( Será?)
Un baci.
Comentar post