últimas...

Bleu Chefchaouen...

Pedaços...

Viagem adentro...

Entre a Europa e a Ásia.....

A chave...

Michael Telfer

O fim da linha...

Histórias á flor da pele....

Caminho...

Buongiorno Veneza...

um dia..

Abril 2012

Dezembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Junho 2010

Abril 2010

Março 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007


Domingo, 22 de Agosto de 2010

Bleu Chefchaouen...

 

Não poderia imaginar que aqui, à porta de Africa, a norte, colheria um sonho azul...

Assim nos recebe Marrocos, neste lugar de manto azul, de tons que descem e sobem o índigo...

 

 

 

... um manto que cobre as janelas, as casas e entradas por onde se espanham

 passos de pessoas.

Deixo saudades por todos os cantos, saudades que me enchem de desejo de

levar todas essas imagens e sensações comigo...

 

 

 

Oferecê-las, de mão beijada, a quem mais gosto, enviá-las por correio como

se pudesse retratá-las e fechá-las num envelope branco.

Resta-me encher o peito de ar, respirar cada esquina e rosto com que me encanto!

 

 

 

 


publicado por teetee às 21:50

link do post | comentar | favorito

Domingo, 24 de Janeiro de 2010

Pedaços...

Na bagagem, uma caixa de costura e pouco mais se precisa quando se procura colar ou cozer os pedaços que se vão desarranjando e que vamos varrendo para baixo do tapete dia após dia, na esperança que ocorra um fenómeno de evaporação...

 

Quando um grão de pó de acumula na mais perfeita das engrenagens de uma parte do ser humano, ele deixa de evoluir, de respirar e ...  pelo menos até se resolver a questão desses sedimentos. Ás vezes é apenas necessária uma sacudidela, com um daqueles espanadores tradicionais, outras, é preciso mais que um abanão para que o pó se solte e deixe que essa máquina continue a funcionar plenamente, o sangue volte a correr nas veias sem coágulos e problemas vasculares.

 

Há ainda outras soluções, sem que sejam de resolução rápida, para que as peças do puzzle voltem a unir-se e formem, juntas, a imagem que vem na parte superior da embalagem. Se é trabalhoso com peças imagine-se com pessoas... é preciso experimentar todas as faces, descobrir qual o lado que encaixa melhor.

 

... ou esquecer tudo o que somos, passar a ser nada, a ser ninguém num espaço de desconhecidos que sorriem cordialmente ... dois dias, de silêncio, de nínguem, sem apenas e com muitos nadas por todos os lados;

 

 

Dois dias de muitas horas, passadas uma a uma, sem intervalos, reuniões nem pontes que permitam atravessar para o momento seguinte... devagar.

Como companhia o som das ondas que batem na areia como ponteiros de relógio descoordenado e o olhar atento daqueles que passam despercebidos em dias que não estes...

 

 


publicado por teetee às 13:24

link do post | comentar | ver comentários (19) | favorito

Quarta-feira, 13 de Janeiro de 2010

Viagem adentro...

 

Há uma outra viagem, um destino para o qual nenhuma companhia aérea se lembrou de promover voos, ainda...

 

Custa-me acreditar que muita gente prefira passar a vida inteira a fazer fins de semana no algarve ou a voar uma vez por ano para as caraíbas e se recuse a aceitar esta viagem adentro.

 

Sim, bem sei que fica longe de qualquer lugar habitado e não, não há estações de serviço por perto, nem tão pouco areias brancas, rum e jamais a opção de "tudo incluído"... talvez por isso.

 

À semelhança de terminais de aeroporto, cais marítimos e estações de comboio, também este destino é palco ora de agitação ora de pacificação... e ás vezes dói.

Aqui, ninguém, além de nós sabe o nosso nome, não se aceitam grupos nem tão pouco casais (por muito íntimos que sejam)... estamos à mercê, por nossa conta e risco...

 

Há até quem cá venha porque, tal e qual se pode perder uma mala, se pode perder o nome e tudo o que ele encerra em si, tudo excepto o corpo! Às vezes é apenas ele, esse pedaço de carne coberto de roupas que aqui chega, sem malas, sem nome, sem missão mas com uma data de regresso "o mais rápido possível". Aqui queremos sempre ir num pé e vir no outro porque estar a sós neste deserto de encontros por resolver é sempre uma data adiada e apagada pelo som do rádio do carro, pelos tempos livres que deixam de o ser quando os atafulhamos igual barriga cheia de papo para o ar, ou por compromissos vazios regados a chá de camomila...

 

E aos poucos, muito devagarinho, vamo-nos afastando não só desta viagem, mas de nós próprios, do nosso avesso e de tudo o que somos e fomos... um livro familiar num idioma desconhecido!

 

haverá alguma explicação cientifica, alguma lei do universo que possa explicar porque raio levamos apenas algumas horas a atravessar milhas de algodão branco a chegar a sítios do outro lado do mundo e aqui, tão perto, atrás da ponta do nariz, sem precisarmos sequer de virar a esquina, podemos levar uma vida inteira de caminho?!...

 

Não há guias, gps ou coordenadas que nos valham... Mais que turistas perdidos, somos reféns do desconhecido, resta-nos o instinto e até que cheguemos vamos desbravando, caminhando, abrindo, procurando, desabotoando...

 

 

tags:

publicado por teetee às 20:12

link do post | comentar | ver comentários (9) | favorito

Sábado, 2 de Janeiro de 2010

Entre a Europa e a Ásia...

 

 

Quando viajo, levo sempre comigo uma pele sensível, pronta a receber todas as sensações como verdades que entram por mim adentro e se tornam memórias fieis que se propagam, multiplicam e demoram...

 

 

Um pé de cada vez, assim ordena a chegada a esta cidade do mundo, de dois mundos...

A confusão separa-se pelo rio Bósforo e assim une a Ásia à Europa e torna dois continentes tradicionalmente distantes em mundos atravessáveis em pouco mais de vinte minutos de barco.

 

O vento está arrefecido e o seu efeito na minha pele mistura-se com um frio de medo que sinto na barriga à medida que me aproximo da ponte, do lado de lá, o passar da barreira, do conhecido confortável... sinto um longo arrepio

De um lado ou outro, o horizonte, esse, é pontilhado por minaretes que anunciam mesquitas perdidas e achadas entre o emaranhado de ruelas e gentes que se acotovelam... ali tudo pára, o silêncio leva-nos à nossa essência.

 

 

Uma intrusa, assim me sinto, e como é boa esta sensação... um peixe fora de água

Há aqui algo de inquietante que faz perder os pontos de referência.

Vagueio e atravesso séculos, histórias de sultões polidas pelo tempo, banhadas por um cheiro a especiarias que acordam do bazar egipcio e me fazem deslizar até ao coração de Istanbul...

 

 

Merhaba

 

 

 


publicado por teetee às 12:11

link do post | comentar | ver comentários (13) | favorito

Sábado, 14 de Novembro de 2009

A chave...

 

 

Porta da felicidade, chamam-lhe, dizem até (ou pelo menos assim o é na minha imaginação) que aqui há uma passagem secreta que leva a crer que este estado é permanente, aqui.

Gosto de confiar em histórias, sempre gostei e nunca tive razão para as desacreditar e talvez por isso as perpetue todos os dias como a minha verdade, aquela que tenho para oferecer não fosse ela uma boa forma e receita de ancorar em portos seguros, quando as tempestades arrogantes se aproximam, quando um comboio parece ameaçador ou quando ainda, perdidos no meio da floresta, os troncos das árvores outrora verdejantes e simbolo de vida e crescimento se tornam trepadeiras que nos levam além do escuro e do desconhecido que tememos. São elas, as histórias que nos impelem para a procura da plenitude, superando obstáculos e acreditando que vamos conseguir, sim!

 

Este é um destino que embora não constasse do meu mapa, devagar, se está a tornar meu, tijolo a tijolo, ainda até antes de chegar à sua margem, ao cais onde atracam as águas de seus mares. Aos poucos hei-de transpor, atravessar e rasgar a distância deste encontro que nasceu do nada e que se transforma todos os dias assim que fecho os olhos...

Caminho nas suas ruas, no meu universo de criação... imagino os mercados de gentes com traços ora europeus ora asiáticos apregoando sabe-se lá o quê, num murmurinho de dois mundos unidos num só. Chega-me um cheiro a jasmim, afiguro-o oriundo de um daqueles cachimbos de água turca. Ainda não sinto o clima, não consigo imaginá-lo muito frio, ao contrário do que apontam as leituras que o apresentam e o tratam por tu com uma precisão de relação muito íntima... aos poucos, pé ante pé, vão chegando as sensações que em dia com hora marcada aqui se tornarão verdade.

 

 


publicado por teetee às 17:01

link do post | comentar | ver comentários (6) | favorito

Sábado, 10 de Outubro de 2009

Michael Telfer

 

Sempre... por todo o lado haverão grutas que dão abrigo, arbustos que dão fruto, pedras que poderemos mover ou contornar. Há sempre amigos que dão força, há sempre quem nos ensine, quem nos guie e quem nos acompanhe.

Nalgum lugar...

 

 

Há sempre gente que passa nas nossas vidas para nos mostrar alguma coisa, mesmo que no momento nos sintamos tristes ou desapontados.

Cruzamentos e bifurcações estarão sempre a surgir, momentos em que teremos de optar seguir ou ficar, magoar, perdoar ou simplesmente deixar o tempo passar... um dia, a resposta chegará às nossas mãos, acredito!

A vida é realmente uma grande pergunta, em busca de uma resposta tão simples.

 

Não é toda gente que tem o previlégio de encontrar o monge do seu caminho. Não é um encontro de todos os dias e infelizmente não podemos marcar hora nem reunião, nunca se sabe se estará do outro lado do mundo, num café à beira da estrada onde passamos todos os dias ou à beira do rio Gilão..

 

 

 

 

O meu Monge pode até ser de mais alguém e pode até ele procurar o seu...

Numa conversa demorada, em linguas de diferentes cantos, de cabelos grisalhos, barba mal cortada, Michael Telfer, de um olhar que transportava palavras e gestos comprometedores da sua missão por mim acolhida... Numa conversa demorada que começara apenas com um sorriso e um cordeal Hello.

 

   

 

Agora eu sei... seja qual for o desvio, ele é necessário, seja qual for o meio de transporte, ele fará com que chegue, com  furos, estradas mal alcatroadas ou pavimentos ladrilhados... eu sei!

 

Michael:

 

Boa viagem a terras de Marrakech, que os últimos 7 anos se prolonguem por outros 7, que encontre a sua black skin. Eu procurarei a leveza que só a mochila me pode oferecer e um dia, nela não carregarei trabalho, nem casa, nem nada que me tire a liberdade do que sou e quero ser... hug! teetee.

 


publicado por teetee às 14:18

link do post | comentar | ver comentários (7) | favorito

Sábado, 12 de Setembro de 2009

O fim da linha...

San Sebastian - Donostia...

Algures entre o sonho e a realidade fica uma terra onde para nós a hospitalidade foi bem portuguesa.

A meio caminho do desconhecido, a um passo do regresso a casa, terreno fértil de escritas, de mochilas, ondas e surfistas, tudo se identifica em duas linguas...

Lugar de tempo insuficiente... Em tão poucos dias já ali pertencia, as ruas dizem bom dia, os supermercados e as frutarias...

Há sempre um último destino, uma última paragem antes do regresso! Porquê?

 

 

 

 

 

Obrigado rapazes! até um dia...

 

 

música: Black Eyed Peas – I Gotta Feeling

publicado por teetee às 22:54

link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Sábado, 5 de Setembro de 2009

Histórias á flor da pele..

Percorre-me o medo de não conseguir armazenar tantas histórias e memórias, o poder oxidante do tempo transforma tudo em quase nada...

 

 

O regresso a casa faz-se prever a cada solavanco desajeitado do sud-express. Comboio sem comodidade, recheado de um passado cheio de histórias que atravessavam o percurso Lisboa- Hendaye, sejam elas representadas por turistas, emigrantes ou simplesmente pessoas sem destinos ou encontros marcados.. Talvez,  para alguns, apenas um lugar para escrever, pensar.. um lugar iluminado pelo nascer do sol e pelo café quentinho que se faz arrefecer entre mãos.

 

 

Durante a noite há um sem fim de aventuras, de quem regressa, para contar. Faz-se sentir um ambiente de nostalgia de um passado recente, que se junta naquele comboio, como se fosse uma ponte para os dias que aí vêm, a normalidade.

 

É nos corredores que todas as experiências se trocam de boca em boca. É ali que todos os momentos de desespero, eventualidades, planos trocados e não planeados, noites mal dormidas, o ultrapassar dos limites, comboios perdidos... tudo se transforma! Ali e agora, numa ou mais histórias de aventuras contadas com um brilho intenso nos olhos, um misto de saudosismo português, conquista lusa e todo o passado que nos corre nas veias.

 

Reina uma nobreza de ser igual, um compromisso selado pelas mochilas pesadas que se carregam nas costas e as fazem curvar..

 

 

Estas linhas cilindradas por um comboio de regresso a casa, fazem-se alinhar num album perfeito, independentemente da caligrafia, o local ideal para ternimar ou deixar adivinhar o fim de qualquer história.

 

São linhas que se pautam entre vales, ao longo da serra, à beira de rios e casas que com o decorrer do percurso se podem etiquetar por zonas, por necessidades, por climas..

 

Há mesmo qualquer coisa de diferente, de extraordinário, no contar de histórias a bordo de um comboio que regressa a casa, uma partida sem regresso, um chegar de concretização e realização..

 

A minha aventura é a mais emocionante, os maiores riscos fui eu que os corri, como não? se fui eu a personagem principal!... mas é tão bom ouvir.. deixarmo-nos encantar por destinos de outros que talvez sejam um dia nossos também.

Tudo parece ter, ali, apenas o preço do desejo. O planear e o concretizar têm o menor custo que depois é recompensado com a elevada vantagem ao longo de cada caminho..

 

Caminhos e histórias que estão ainda à flor da pele!

 


publicado por teetee às 15:24

link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Segunda-feira, 31 de Agosto de 2009

Caminho...

Para trás ficou Firenze e os seus gelados fantásticos, a ponte que hoje e desde há seculos aprisiona, mantém e solidifica o amor de alguém. Cadeados e mais cadeados, Tradição rima com proibição e unem-se como magia dessa mesma ponte..

 

 

Para trás fica Pisa.. de encanto me deixa apenas a sua torre torta e os turistas que à sua volta se fazem fotografar, imortalizando o momento ao custo de um "clic".

 

 

Caminho agora, depois de breves horas de sono inacabado numa estação de comboios, frente ao gabinete da polícia.. Caminho a bordo do comboio irreal e indescritível, de gentes cujo padrão é impossível uniformizar. São pessoas, bagagens espalhadas pelo chão, iluminadas por uma luz ténue e mortiça de corredor que nada tem de encanto.

Proponho-me a olhar tamanha falta de privacidade, detenho-me a cada cheiro provindo de cada corpo que passa e que de tão próximo me obriga a provar, tão grande invasão!

Faz-se silêncio, ou assim me parece, tamanho é o ruído do deslizar das carroagens, a dureza de ferro com ferro, de gente com gente.

 

 

 

 

Há um escuro profundo lá fora que não se deixa abalar pelo silêncio ensurdecedor, um tom preto que deixa espaço suficiente à imaginação, que permite brincar ao "que estará para além".. Um espaço entre o nada e o infinito, um intervalo aberto..

 


publicado por teetee às 22:39

link do post | comentar | ver comentários (8) | favorito

Terça-feira, 25 de Agosto de 2009

Buongiorno Veneza...

 

 

Daqui guardo um lugar que outrora era apenas provável na minha imaginação. A imagem de bêcos que arrastam indícios de promiscuidade, rodeados por canais, gôndolas e turistas provindos de todos os cantos do mundo.

 

Guardo um final de noite ao som de música clássica, um soar de três pianos em tertúlia em plena praça de São Marcos.

Um regressar depois da hora, marcado por passos escuros que mal deixavam adivinhar o contorno do rosto de que passa..

 

Guardo um encontro improvável com uma viajante de todo o mundo com passagem no Porto com P de Portugal e aqui.. e com a Austrália como pano de fundo sem dia e hora marcada.

 

Guardo uma lingua cantada com uma elegância, como nenhuma outra..

Guardo o "je je je" Português aos ouvidos de um italiano.

 

Guardo o peso da mochila às costas que se enche de surpresas, encanto e suspeitas a cada esquina.. Um peso que não pesa!

 

Lembro o Didici da porta do quarto, Marco Bellini, os bacis que enviei por telefone, o Buongiorno que recebi na recepção..

 

 


publicado por teetee às 18:54

link do post | comentar | favorito

me?

pesquisar

 

Abril 2012

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


links

tags

todas as tags

subscrever feeds