fotografias...
Rever cacos velhos, mãos e joelhos esfolados, sorrisos esboçados, pedaços de um livro, de uma história, rever-nos como a personagem principal, num enredo em que nos cabe a responsabilidade de escolher entre o sim e o não, o trilho de uma planície ou uma cordilheira.. cada alteração da rota
Num instante assalta-nos o conhecimento do real, a essência da identidade individual que depende da memória que vincula o passado ao presente, une o antes e o agora, combate o nada, o esquecimento e evidencia cada momento..
Reencontrar retalhos de nós, de sonhos prometidos, tudo! ali a cru! numa camada de material sensível à exposição luminosa, numa folha que transparece pedaços do que somos do que construímos, daquela que é a nossa face... nem sempre o nosso eu! Uma linguagem nem sempre notória.. dois mundos que se tocam pela linguagem denotativa e conotativa.. um esconde esconde a descoberto, ali representado!
Folhear a nossa vida que se estende para além da vista, ver o amar e o amor de quando em vez desencontrados, amigos de sempre, um rasgar de sorrisos de ocasião, para aquela luz que dispara e que nos separa daquele dia! daquele preciso dia, o menos importante que fica soletrado naquele fragmento do tempo..
Um dia... os acontecimentos terminam e as fotografias permanecem, atravessam as malhas do cansaço e mostram-nos quem fomos e não somos!
Lugares diários