Sempre gostei de reticências..
O ponto final foi coisa que nunca me agradou, nem tão pouco o último dos três pontos..
Ponto final sabe-me a fim, a despedidas repentinas e eu gosto daqueles fins e despedidas prolongadas como a imagem da parte traseira de um carro dos anos vinte, que se afasta vagarosamente, ao relantim, à pouca velocidade que era permitida não por imposição. Um alongar de caminho, entre árvores, num percurso de terra batida. Dentro do engenho, conduzido por um motorista de cartola negra, uma moça, a acenar devagar, com a sua mão igual a uma concha acomodada dentro de uma delicada luva de renda branca.. assim
A minha melhor tradução de despedida é o silêncio, aquele que se deixa para quem o acolher.. Há sempre muito que tem para contar ou mais o que deixa por dizer..
Adeus Hipólito..
Lugares diários