Do Largo de São João ao castelo, domingo pela manhã...
Entre e além das muralhas mora o encanto da Vila e lá bem no alto de uma colina, aquecido pelo sol ou coberto pelas nuvens vive um castelo de onde se avista o Tejo e o Sado...
É aqui, que pela manhã ergo o rosto ao sol, é aqui que o silêncio me devolve tudo o que desejo por dentro ... O silêncio fica e nunca mente é ele por vezes que resta e que nos prende uns aos outros pelo tempo indeterminado que é a eternidade...
Num abrir e fechar de olhos os erros transformam-se em lições e oportunidades para avançar quem sabe ao longo da estrada estreita, de pó branco que se avista ao longe.
Os sonhos, esses, tornam-se ali um combustível inflamável pelo desejo banhados pelo dia de hoje, por aquele instante. Os limites são apenas aqueles que estabelecemos e até aquela grande colina é possível de escalar, já o diziam os freires de Palmela...
Há ainda a saudade que ali ganha cor, forma e sabor, chega por cima do ombro, trazida pelo vento, tem número de porta e nome de rua... um longe que se avista tão perto!
Lugares diários