Acordo ... num ambiente em que estranhos, vozes, nacionalidades se cruzam e se fundem num clima de partilha, sinto-me em casa, penso.
É uma morada agradável o numero 16, com hospedes e proprietário à mistura.
Somos recebidas por uma cara de sono, ainda com vincos do lençol, provas de uma noite pouco ou nada dormida. Depressa se prontifica a arranjar-nos um quarto. São sete da manhã e o clube de futebol local ganhou na noite anterior, a cidade está repleta de copos e vestígios de fiesta por todas as ruas da parte vieja ... tresanda a alcool, ainda se ouvem canticos de vitória de vozes torcidas... a noite vai longa, quase manhã.
A casa veste-se de um cheiro a café que percorre o corredor até aos quartos, há barulhos de gente na cozinha, chilelam passos pelo chão incerto deste andar que não tem mais de 5 quartos, mas tem uma alma... respira-se amizade, união, neste mundo de sentimentos em vias de extinção.
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